Parte I - O primeiro encontro
Um jovem rapaz de 17 anos caminha calmamente com seu olhar em linha reta. Era a estação de outono, as folhas das árvores estavam bem amareladas, algumas até mesmo caindo ao seu caminho durante a passagem por uma pequena ponte sobre o lago do parque.
Trevor Smith, esse era o nome do rapaz de vestimentas escuras. Alguns fios de seu cabelo estavam à frente de seu rosto, estampando-o. Porém não importava. Trevor não era o tipo de rapaz que continha muitas expressões e personalidade. Seu olhar era caído a tal ponto de não reparar no lago com folhas flutuando após suas quedas dos gravetos mais altos das árvores. Seu olhar era...Triste. Um olhar sem felicidade, sem emoção. Um olhar que trancava para si mesmo os acontecimentos de sua infância.
O mesmo continuava com seu caminho pelo parque, algumas folhas estavam caídas sobre seu cabelo e em sua mochila. O rapaz não era do tipo que gostava de estudar, apesar que aquilo seria o que definiria o seu futuro na vida. Era mais um dia. Trevor era um garoto calmo,antipático e anti-social. Era mais um dia de aula, mais um dia de tortura ao ver do rapaz. Ele nunca se dera bem com seus professores, principalmente com seu professor de História. Um homem de meia-idade que sentia raiva de Trevor por ser alguém desse jeito. Um adolescente completamente fechado consigo mesmo.
O mesmo sempre levara bronca de seus professores, o garoto costumava dormir durante a sala de aula, causando assim provocações em outros professores pela sua falta de interesse em aprender. Porém...Aquele dia seria diferente, um dia que traçaria o destino de Trevor Smith, o dia em que a rotina monótona de sua vida iria acabar.
Trevor finalmente chega em sua escola, caminha pelos corredores, adentra em sua sala e segue seu rumo até o fim da mesma, na última cadeira da parede. O jovem nem se quer olha ao redor para ver os alunos ali presentes na sala, simplesmente coloca sua mochila ao lado de sua mesa, aonde ficaria encostada. Uma professora se aproxima pelos corredores até adentrar na sala após a entrada de um jovem rapaz com cabelos batendo aos próprios ombros ao acelerar seu passo devido ao atraso. A educadora então adentra em sua sala de aula, segue caminho até sua mesa aonde colocaria seu ficheiro de chamadas de outras salas e a da qual se encontrava.
Após algumas horas dentro da escola, Trevor acaba caindo no sono e se deitando sobre a mesa, com ambos os braços à frente de seu rosto feito um apoio como substituto de seus travesseiros. Um colega de classe conhecido por cometer Bullying sobre outras pessoas se aproxima de Trevor, o mesmo se depara com o garoto dormindo, logo tendo em sua cabeça uma travessura para incomodar o rapaz. O tal decide pegar uma capa de caderno que estaria jogada sobre uma mesa vazia, se aproxima de Trevor e o bate com a capa em sua nuca, rapidamente joga a capa para o lado e se debruça sobre a mesa para se disfarçar. Trevor sem entender nada, volta a deitar com uma certa desconfiança, porém ao invés de fechar seus olhos, inclinaria sua cabeça um pouco para trás, aonde seus braços não tampariam seus olhos, prestou atenção na sombra do ser que acabara de incomoda-lo, ao notar que a sombra se aproximava de si, rapidamente ergueu a cabeça, infelizmente em um momento errado... O valentão estaria completando novamente a mesma ação, agora acertando o rosto de Trevor que erguia o rosto para flagrar o rapaz. Os outros colegas que viam tal cena acabam por cair na gargalhada junto do valentão. – Ha ha ha. Me desculpe cara, não sabia que você ia se levantar. De qualquer forma, ha ha... Foi mal. Achei ter visto um inseto na sua cabeça. Mas era só você mesmo – Trevor ao se deparar diante de tal situação se erguia da cadeira, junto do valentão que cessava sua risada. – Acha que consegue me intimidar? Sente-se nessa cadeira agora! Você é só um viciado em desenhos idiotas, não me faça ter que sujar minhas mãos contigo. Trevor de fato se sentia um pouco intimidado diante da situação, porém aquilo não o permitira que as coisas ficassem como se nada tivesse acontecido. Quem provocou aquilo sem motivo algum foi o valentão, Trevor não recuaria diante daquilo, apesar do físico do ser em sua frente.
E então aconteceu! O professor de história erguia seu olhar em direção aonde estaria o aglomeração de alunos, e então viu. O professor olhou no exato momento em que Trevor ergueria seu braço direito, fechando seu punho com tamanha força, nisso, o garoto impulsionaria com velocidade sua mão contra o nariz do valentão. O homem de meia-idade responsável pelo ensinamento de História na escola tomara uma reação diante da tal cena, ele se erguia de sua cadeira, passaria ao lado de sua mesa e se dirigiria com passos rápidos até os alunos no fim da sala. O rapaz de físico caía sentado sobre a cadeira atrás do mesmo, sem ter tempo de uma reação contra o rapaz que o atingira, era surpreendido pelo Professor que surgia no meio de ambos. – Mais o que é isso?! O que vocês estão fazendo? –Trevor, agora para a diretoria! – Trevor tentou se explicar diante daquela situação em que o mesmo se tornara o culpado da história.
- Não, professor. Não fui eu que comecei, eu só--
- Errado, não aceito nenhum tipo de arruaceiro dentro de minha sala! Se retire daqui agora antes que eu chame um inspetor. Vá agora para a diretoria!
O rapaz corria para longe do aglomeração, se afastando dos tais, ele olhou sobre os ombros para o aglomerado e então correu em direção à porta, a abriu ao passar pela mesma a fechou com tamanha brutalidade, o estrondo ecoara por todo o corredor, chegando até mesmo aos ouvidos de quem estaria de frente para a escola.
Trevor pensava consigo mesmo o motivo de tal reação, o mesmo sempre aceitava as brincadeiras de mau gosto sobre o mesmo, porém dessa vez foi algo totalmente inusitado, foi algo novo. Não ele, parecia até mesmo com uma outra pessoa assumindo seu lugar. Mas aquilo não era hora para ficar se pensando. Ele havia sido provocado, porém havia se exaltado a tal ponto de ferir o rapaz.
Trevor diante de tal situação não possuía outra escolha a não ser ir até a diretoria.
Ao chegar em tal lugar se deparava com a diretora vindo em seu caminho pelo corredor, provavelmente estaria ocupada com outros assuntos, e estaria indo até os mesmos para resolve-lo. Porém isso não seria realizado, a chegada de Trevor chamaria a atenção da mesma, a tal se aproximou do garoto com os cabelos tampando seus olhos e disse. – O que está fazendo aqui? Você aprontou de novo? – A mesma via logo atrás de Trevor um inspetor trazendo consigo um aluno com o nariz sangrando, era o valentão que havia sido agredido por Trevor. Ele estaria sendo guiado até a enfermaria da escola.
-...? – Estranhou a diretora com a aparição do aluno com um ferimento em sua face. No entanto, essa dúvida foi retirada em questão de segundos após o Inspetor informar o ocorrido que teria acontecido momentos atrás.
- Entendo, então você agora é um rapaz agressivo. Você dificilmente vem para a escola, e quando vem faz isso? Não precisamos de alunos como você nessa escola, tem tanta gente querendo vaga para estudar e você fica perambulando e agredindo os outros pela escola? Sinceramente, venha até minha sala. Vamos chamar seu responsável.
Trevor se mantinha calado diante daquilo, ele poderia ter se defendido e revertido a situação, porém... ele pensou por uns momentos. Ele poderia ser até mesmo expulso por tal ato, isso seria bom ao ver dele, aquilo era um verdadeiro purgatório, cada dia era a mesma coisa. Ele já estava cansado, e por isso se mantinha calado, aquela seria sua maior chance.
-Sente-se. Vou mandar seu tio vir te buscar. Você está suspenso por uma semana. Entregue esse bilhete para ele assinar – Trevor arregalava seu olho com o que recebera, aquilo não seria uma expulsão, apenas uma suspensão, tudo começaria novamente após sua volta. Aquilo iria se repetir por várias e várias vezes. E então... O rapaz tomou uma decisão. Colocou tudo a perder para ganhar. Trevor fechara seus punhos, quando os abrira, seus olhos o seguiam ao mesmo tempo se abrindo também, seu olhar parecia ser tomado por fúria. Só parecia... Aquilo era apenas uma encenação. O rapaz se erguei da cadeira, chutou a mesma com seu calcanhar feito um coice após apoiar seus braços sobre a mesa, a mesma voo em direção ao armário que estaria atrás de Trevor à 3 metros de distância.
- O que é isto?! – A Diretora se assustava diante da reação do garoto, era algo inesperado, nenhum aluno se quer havia tido uma reação semelhante á aquela que estaria em sua frente.
- E agora? Você ainda quer que um arruaceiro como eu continue em sua escola? – O tom de Trevor era raivoso e insistente aos ouvidos da mulher. Aquilo se tornava algo assustador, Trevor iria virar a mesa, porém tomou senso em sua cabeça, se isso acontecesse ela chamaria a polícia. O rapaz se acalmara diante daquilo, ou ao menos fingia que se acalmava, pois nem se quer havia se irritado como parecia aos olhos da Diretora.
Após alguns minutos ali na diretoria, o responsável de Trevor chegava. Era seu tio, um homem com a barba serrilhada, olhos caídos e uma má postura.
Ambos estavam voltando para casa, ao adentrarem no parque silenciosamente, sem dizer nada durante o caminho, somente com seus olhares em linha reta.
No entanto, aquele silêncio era completamente quebrado após o tio do garoto parar em frente à ponte do parque aonde Trevor havia passado mais cedo. – O que acha que está fazendo? Sinceramente, não sei o que você quer de sua vida. Por favor, vá para casa. Já estou cansado de ter que ir até a escola toda semana para busca-lo. – O tio de rapaz era um homem sério, com a idade em torno de 35-40. Trevor não gostava do mesmo, era um homem arrogante e desprezível, principalmente quando ingeria álcool. Os pais do garoto haviam falecido muito cedo, e então a guarda foi tomada para o tio do mesmo. Trevor só tinha o mesmo de familiar, era literalmente uma família pequena.
- Tudo bem. – O garoto sem possuir discordâncias em relação ao ocorrido decidia então prosseguir caminho, seu tio já havia partido para um outro lado no momento em que Trevor ficara em silêncio. O se mantinha cabisbaixo no momento em que partia em direção à ponte, ao chegar em seu meio, um calor tomara conta de seu corpo, era tão intenso... Ao erguer seu olhar ele se deparava com aquilo, ele via um círculo com uma grande luz sendo emanada de seu interior, era tão intenso, porém aquilo não incomodava a retina de Trevor, a causa era desconhecida. Porém a aparição de tal coisa ainda era um mistério. Movido pela curiosidade humana de sua própria natureza ele prosseguia em direção ao círculo, encostou a ponte de seu dedo indicador no centro da luz emanada, aquilo o fazia pensar que era uma parede, seu dedo não atravessava aquilo, apenas se chocava e nada mais. Ou, era o que Trevor pensava, o rapaz era completamente sugado ao se distanciar com três passos para trás, no quarto passo o mesmo tinha seu corpo puxado em direção daquele círculo. Porém o mesmo antes de ser completamente consumido tinha em mente a resposta para aquilo, era de fato um portal!
Trevor Smith, esse era o nome do rapaz de vestimentas escuras. Alguns fios de seu cabelo estavam à frente de seu rosto, estampando-o. Porém não importava. Trevor não era o tipo de rapaz que continha muitas expressões e personalidade. Seu olhar era caído a tal ponto de não reparar no lago com folhas flutuando após suas quedas dos gravetos mais altos das árvores. Seu olhar era...Triste. Um olhar sem felicidade, sem emoção. Um olhar que trancava para si mesmo os acontecimentos de sua infância.
O mesmo continuava com seu caminho pelo parque, algumas folhas estavam caídas sobre seu cabelo e em sua mochila. O rapaz não era do tipo que gostava de estudar, apesar que aquilo seria o que definiria o seu futuro na vida. Era mais um dia. Trevor era um garoto calmo,antipático e anti-social. Era mais um dia de aula, mais um dia de tortura ao ver do rapaz. Ele nunca se dera bem com seus professores, principalmente com seu professor de História. Um homem de meia-idade que sentia raiva de Trevor por ser alguém desse jeito. Um adolescente completamente fechado consigo mesmo.
O mesmo sempre levara bronca de seus professores, o garoto costumava dormir durante a sala de aula, causando assim provocações em outros professores pela sua falta de interesse em aprender. Porém...Aquele dia seria diferente, um dia que traçaria o destino de Trevor Smith, o dia em que a rotina monótona de sua vida iria acabar.
Trevor finalmente chega em sua escola, caminha pelos corredores, adentra em sua sala e segue seu rumo até o fim da mesma, na última cadeira da parede. O jovem nem se quer olha ao redor para ver os alunos ali presentes na sala, simplesmente coloca sua mochila ao lado de sua mesa, aonde ficaria encostada. Uma professora se aproxima pelos corredores até adentrar na sala após a entrada de um jovem rapaz com cabelos batendo aos próprios ombros ao acelerar seu passo devido ao atraso. A educadora então adentra em sua sala de aula, segue caminho até sua mesa aonde colocaria seu ficheiro de chamadas de outras salas e a da qual se encontrava.
Após algumas horas dentro da escola, Trevor acaba caindo no sono e se deitando sobre a mesa, com ambos os braços à frente de seu rosto feito um apoio como substituto de seus travesseiros. Um colega de classe conhecido por cometer Bullying sobre outras pessoas se aproxima de Trevor, o mesmo se depara com o garoto dormindo, logo tendo em sua cabeça uma travessura para incomodar o rapaz. O tal decide pegar uma capa de caderno que estaria jogada sobre uma mesa vazia, se aproxima de Trevor e o bate com a capa em sua nuca, rapidamente joga a capa para o lado e se debruça sobre a mesa para se disfarçar. Trevor sem entender nada, volta a deitar com uma certa desconfiança, porém ao invés de fechar seus olhos, inclinaria sua cabeça um pouco para trás, aonde seus braços não tampariam seus olhos, prestou atenção na sombra do ser que acabara de incomoda-lo, ao notar que a sombra se aproximava de si, rapidamente ergueu a cabeça, infelizmente em um momento errado... O valentão estaria completando novamente a mesma ação, agora acertando o rosto de Trevor que erguia o rosto para flagrar o rapaz. Os outros colegas que viam tal cena acabam por cair na gargalhada junto do valentão. – Ha ha ha. Me desculpe cara, não sabia que você ia se levantar. De qualquer forma, ha ha... Foi mal. Achei ter visto um inseto na sua cabeça. Mas era só você mesmo – Trevor ao se deparar diante de tal situação se erguia da cadeira, junto do valentão que cessava sua risada. – Acha que consegue me intimidar? Sente-se nessa cadeira agora! Você é só um viciado em desenhos idiotas, não me faça ter que sujar minhas mãos contigo. Trevor de fato se sentia um pouco intimidado diante da situação, porém aquilo não o permitira que as coisas ficassem como se nada tivesse acontecido. Quem provocou aquilo sem motivo algum foi o valentão, Trevor não recuaria diante daquilo, apesar do físico do ser em sua frente.
E então aconteceu! O professor de história erguia seu olhar em direção aonde estaria o aglomeração de alunos, e então viu. O professor olhou no exato momento em que Trevor ergueria seu braço direito, fechando seu punho com tamanha força, nisso, o garoto impulsionaria com velocidade sua mão contra o nariz do valentão. O homem de meia-idade responsável pelo ensinamento de História na escola tomara uma reação diante da tal cena, ele se erguia de sua cadeira, passaria ao lado de sua mesa e se dirigiria com passos rápidos até os alunos no fim da sala. O rapaz de físico caía sentado sobre a cadeira atrás do mesmo, sem ter tempo de uma reação contra o rapaz que o atingira, era surpreendido pelo Professor que surgia no meio de ambos. – Mais o que é isso?! O que vocês estão fazendo? –Trevor, agora para a diretoria! – Trevor tentou se explicar diante daquela situação em que o mesmo se tornara o culpado da história.
- Não, professor. Não fui eu que comecei, eu só--
- Errado, não aceito nenhum tipo de arruaceiro dentro de minha sala! Se retire daqui agora antes que eu chame um inspetor. Vá agora para a diretoria!
O rapaz corria para longe do aglomeração, se afastando dos tais, ele olhou sobre os ombros para o aglomerado e então correu em direção à porta, a abriu ao passar pela mesma a fechou com tamanha brutalidade, o estrondo ecoara por todo o corredor, chegando até mesmo aos ouvidos de quem estaria de frente para a escola.
Trevor pensava consigo mesmo o motivo de tal reação, o mesmo sempre aceitava as brincadeiras de mau gosto sobre o mesmo, porém dessa vez foi algo totalmente inusitado, foi algo novo. Não ele, parecia até mesmo com uma outra pessoa assumindo seu lugar. Mas aquilo não era hora para ficar se pensando. Ele havia sido provocado, porém havia se exaltado a tal ponto de ferir o rapaz.
Trevor diante de tal situação não possuía outra escolha a não ser ir até a diretoria.
Ao chegar em tal lugar se deparava com a diretora vindo em seu caminho pelo corredor, provavelmente estaria ocupada com outros assuntos, e estaria indo até os mesmos para resolve-lo. Porém isso não seria realizado, a chegada de Trevor chamaria a atenção da mesma, a tal se aproximou do garoto com os cabelos tampando seus olhos e disse. – O que está fazendo aqui? Você aprontou de novo? – A mesma via logo atrás de Trevor um inspetor trazendo consigo um aluno com o nariz sangrando, era o valentão que havia sido agredido por Trevor. Ele estaria sendo guiado até a enfermaria da escola.
-...? – Estranhou a diretora com a aparição do aluno com um ferimento em sua face. No entanto, essa dúvida foi retirada em questão de segundos após o Inspetor informar o ocorrido que teria acontecido momentos atrás.
- Entendo, então você agora é um rapaz agressivo. Você dificilmente vem para a escola, e quando vem faz isso? Não precisamos de alunos como você nessa escola, tem tanta gente querendo vaga para estudar e você fica perambulando e agredindo os outros pela escola? Sinceramente, venha até minha sala. Vamos chamar seu responsável.
Trevor se mantinha calado diante daquilo, ele poderia ter se defendido e revertido a situação, porém... ele pensou por uns momentos. Ele poderia ser até mesmo expulso por tal ato, isso seria bom ao ver dele, aquilo era um verdadeiro purgatório, cada dia era a mesma coisa. Ele já estava cansado, e por isso se mantinha calado, aquela seria sua maior chance.
-Sente-se. Vou mandar seu tio vir te buscar. Você está suspenso por uma semana. Entregue esse bilhete para ele assinar – Trevor arregalava seu olho com o que recebera, aquilo não seria uma expulsão, apenas uma suspensão, tudo começaria novamente após sua volta. Aquilo iria se repetir por várias e várias vezes. E então... O rapaz tomou uma decisão. Colocou tudo a perder para ganhar. Trevor fechara seus punhos, quando os abrira, seus olhos o seguiam ao mesmo tempo se abrindo também, seu olhar parecia ser tomado por fúria. Só parecia... Aquilo era apenas uma encenação. O rapaz se erguei da cadeira, chutou a mesma com seu calcanhar feito um coice após apoiar seus braços sobre a mesa, a mesma voo em direção ao armário que estaria atrás de Trevor à 3 metros de distância.
- O que é isto?! – A Diretora se assustava diante da reação do garoto, era algo inesperado, nenhum aluno se quer havia tido uma reação semelhante á aquela que estaria em sua frente.
- E agora? Você ainda quer que um arruaceiro como eu continue em sua escola? – O tom de Trevor era raivoso e insistente aos ouvidos da mulher. Aquilo se tornava algo assustador, Trevor iria virar a mesa, porém tomou senso em sua cabeça, se isso acontecesse ela chamaria a polícia. O rapaz se acalmara diante daquilo, ou ao menos fingia que se acalmava, pois nem se quer havia se irritado como parecia aos olhos da Diretora.
Após alguns minutos ali na diretoria, o responsável de Trevor chegava. Era seu tio, um homem com a barba serrilhada, olhos caídos e uma má postura.
Ambos estavam voltando para casa, ao adentrarem no parque silenciosamente, sem dizer nada durante o caminho, somente com seus olhares em linha reta.
No entanto, aquele silêncio era completamente quebrado após o tio do garoto parar em frente à ponte do parque aonde Trevor havia passado mais cedo. – O que acha que está fazendo? Sinceramente, não sei o que você quer de sua vida. Por favor, vá para casa. Já estou cansado de ter que ir até a escola toda semana para busca-lo. – O tio de rapaz era um homem sério, com a idade em torno de 35-40. Trevor não gostava do mesmo, era um homem arrogante e desprezível, principalmente quando ingeria álcool. Os pais do garoto haviam falecido muito cedo, e então a guarda foi tomada para o tio do mesmo. Trevor só tinha o mesmo de familiar, era literalmente uma família pequena.
- Tudo bem. – O garoto sem possuir discordâncias em relação ao ocorrido decidia então prosseguir caminho, seu tio já havia partido para um outro lado no momento em que Trevor ficara em silêncio. O se mantinha cabisbaixo no momento em que partia em direção à ponte, ao chegar em seu meio, um calor tomara conta de seu corpo, era tão intenso... Ao erguer seu olhar ele se deparava com aquilo, ele via um círculo com uma grande luz sendo emanada de seu interior, era tão intenso, porém aquilo não incomodava a retina de Trevor, a causa era desconhecida. Porém a aparição de tal coisa ainda era um mistério. Movido pela curiosidade humana de sua própria natureza ele prosseguia em direção ao círculo, encostou a ponte de seu dedo indicador no centro da luz emanada, aquilo o fazia pensar que era uma parede, seu dedo não atravessava aquilo, apenas se chocava e nada mais. Ou, era o que Trevor pensava, o rapaz era completamente sugado ao se distanciar com três passos para trás, no quarto passo o mesmo tinha seu corpo puxado em direção daquele círculo. Porém o mesmo antes de ser completamente consumido tinha em mente a resposta para aquilo, era de fato um portal!
Ao abrir os olhos calmamente, ele se deparava com um grupo de dez pessoas em sua frente, diante dos tais estaria um ser que Trevor nunca tinha visto antes. Não era humano, era uma abominação, uma verdadeira besta dos contos de aventura e terror!
Era realmente uma criatura que só ao bater os olhos deixaria Trevor com arrepios na ponta da espinha. No entanto, toda a atenção era chamada para uma garota, o rapaz estava caído de bruços no terreno arenoso, que de fato seria um Deserto pela sua imensidão. O rapaz estaria com sua mão direita encostada no calcanhar esquerdo de uma jovem de cabelos longos e avermelhados batendo em suas costas, a mesma movia seu olhar sobre o ombro esquerdo, avistando o jovem caído, ao qual não conseguia enchergar o rosto da mesma pela posição em que se encontrava. Aquilo era tão radiante quanto a luz daquele portal, e tão chamativo quanto à besta em sua frente, toda a atenção era tomada para a garota com seus belos olhos em tom escarlate.
Era realmente uma criatura que só ao bater os olhos deixaria Trevor com arrepios na ponta da espinha. No entanto, toda a atenção era chamada para uma garota, o rapaz estava caído de bruços no terreno arenoso, que de fato seria um Deserto pela sua imensidão. O rapaz estaria com sua mão direita encostada no calcanhar esquerdo de uma jovem de cabelos longos e avermelhados batendo em suas costas, a mesma movia seu olhar sobre o ombro esquerdo, avistando o jovem caído, ao qual não conseguia enchergar o rosto da mesma pela posição em que se encontrava. Aquilo era tão radiante quanto a luz daquele portal, e tão chamativo quanto à besta em sua frente, toda a atenção era tomada para a garota com seus belos olhos em tom escarlate.
Parte II - Começo vermelho
Porém aquilo não duraria tanto tempo quanto o rapaz pensaria enquanto deslumbrava da beleza da mulher que se distraia ao olhar de relance para o suposto desconhecido. Trevor então era surpreendido por uma enorme cortina de areia que se erguia, aquilo era tão intenso que cobriria a visão do rapaz sobre o grupo e a garota desconhecida, a cortina não teria se erguido sem qualquer efeito. Uma explosão ocorreria naquele exato momento, o mesmo em um piscar de olhos se veria em pleno ar, não levitando mas sim sendo arremeçado brutalmente contra uma duna de areia na qual resultaria na sua incosnciência temporária de no máximo 7 segundos.
Isso não seria nada de mais, exceto pelo fato de haver um grupo de desconhecidos armadurados e uma besta jamais vista pelos olhos do garoto. Ao retomar a consciência ele veria a densa poeira se abaixando e retornando para seu devido lugar no solo, isso o ajudaria a tomar novamente visão dos seres, não era algo que ele esperava ver, mas era literalmente a única coisa que tinha tomado sua atenção, ele poderia morrer se tal abominação gigantesca ainda estivesse viva, ao menos era isso o que ele pensava. No entanto seu medo era substituído por algo diferente da criatura, ele se via sem saída ao se deparar com uma lâmina ensanguentada apontada diretamente para o meio de seus olhos. Era ela, àquela que havia o deixado completamente anestesiado apenas com o próprio olhar, era a garota de cabelos e olhos escarlates. A mesma estava séria, não havia uma única gota de felicidade aos seus olhos, pelo contrário... Ela demonstrava determinação, coragem e até mesmo um pouco de selvageria no fundo de seus olhos que novamente tomavam a atenção de Trevor sem que o mesmo tomasse conta. - Quem é você? O rapaz ergueria as sobrancelhas ao ouvir o tom de voz da garota, era uma voz séria que continha um pouco de suavidade escondida no fundo daquela postura rigorosa. - Érr.. E-Eu... Aonde est-... Trevor não consiguiria pronunciar o resto de suas palavras ao ter suas distrações substituídas pela dor que tomara conta de sua cabeça. Um único "fio" de sangue desceria por entre seus cabelos, tomando caminho pela testa e então terminando com um pingo caindo de seu queixo após passar pelo lado direito de seu nariz. A dor chegaria ao seu auge, o garoto não conseguiria fazer tal expressão de dor pois antes mesmo de se dar conta estaria a fechar os olhos enquanto novamente partiria para um outro desmaio...
Ao abrir os olhos o mesmo tomaria visão de um teto aparentemente de madeira, seu olhar se moveria para os arredores, novamente ele veria madeira que estava sendo usada como parede assim como o chão em que se encontrava deitado de costas. Seus braços se moveria ao lado juntamente de suas pernas, no mínimo era isso o que ele desejava. Ao tentar realizar tais ações o mesmo se via completamente preso por correntes que o deixaria imóvel. Seu olhar se arregalaria, novamente o mesmo voltaria a olhar aos arredores, mas desta vez ele não veria apenas uma casa comum feita de madeira, seres estariam ali. Um deles seria um senhor com a idade em torno de 60 - 70, seu cabelo era tão branco quanto qualquer outro cabelo já visto por Trevor, os fios bateriam em seus ombros. A barba que o mesmo continha possuia a mesma tonalidade que o cabelo, chegando a alcançar o próprio torax pelo tamanho da barba que provávelmente não era cortada à tempos. Isso deixaria Trevor mais aliviado pela presença de uma pessoa aparentemente de maior conhecimento e com experiências, exceto pelo fato de estar acompanhado de um homem careca que consigo carregava uma única ombreira de armadura, aquilo não chamaria tanta atenção quanto seu tamanho e músculatura presentes. - Aonde estou? Quem são vocês? O que vão fazer comigo!? - Indagou Trevor diante dos dois que estavam de pé enquanto se debatia em meio as correntes que se chocavam uma com as outras ao ponto de criar tal barulho semelhante a um prisioneiro condenado.
- Se acalme meu rapaz, não queremos lhe fazer ferir ou coisa do tipo.
-Por enquanto... Então coopere. - Surgiu então as vozes do seres que fitavam Trevor fixamente, o olhar do senhor era aparentemente de uma pessoa cansada e calma, já o olhar do homem careca era a de uma pessoa com certa raiva e dúvida diante a situação. -Por que eu estou preso? - Perguntou Trevor enquanto focava seu olhar para o homem de maior idade. - Ora, saltadores como você costumam desaparecer antes mesmo de de fazermos qualquer perguntas. Acho justo deixar você parado por uns instantes. - Disse o senhor de idade que logo era correspondido pelo garoto preso. - O que está dizendo? Me desamarre, por favor. Eu tenho um pouco de dinheiro. - Acha que pode nos comprar? - Surgiu logo o homem careca com sua voz intimidadora que tomava conta do local com seu tom. - Você é realmente um saltador.
- O que está dizendo? Não sou saltador coisa alguma, pare de me chamar assim. Vocês são assaltantes, não é? Podem pegar o quanto quiserem, sério.
- Já chega, você tem noção de suas condições? Fazer piadinha conosco só resultará no entardecer do seu libertamente. - Disse o senhor que logo era passado para trás com a volta do tom de voz grossa do homem careca dizendo... - Isso se você for libertado... Você estava nos espionando, diga-nos quem o contratou!
- Eu não sei do que você está falando! Tire essas correntes de mim, eu quero ir para casa. - O homem com maior físico se aproximou de Trevor, sem tanto esforço o ergueu com apenas uma mão sem demonstrar fraqueza pelo peso do rapaz que por sinal não era tão grande. Ao deixa-lo suspenso no ar o encarou fixamente nos olhos como se estivesse julgando sua alma. -E-Ei! O que você está fazendo? Me bote no chão, por favor! - O olhar do garoto era bem chamativo, o mesmo estava simplesmente pasmo pelo homem ter o erguido com apenas uma mão sem demonstrar esforço. - Então você notou, não é mesmo? -O senhor voltava a tomar voz enquanto olharia para Trevor que estava erguido com seus olhos focados no homem careca que o encarava sem demonstrar mais sua expressão de raiva mas sim completa dúvida. - É, eu não consigo entender... Como ele está fazendo isso?
- O que? O que eu estou fazendo? Por favor, me libertem. -Trevor ainda estava preocupado na situação em que se encontrava mas ainda assim aquilo se esvaia lentamente liberando lugar juntamente do homem careca para dúvidas em mente.
- Eu acredito saber o motivo disso estar acontecendo e talvez quem ele seja. - O suposto interrogatório não teria tanto tempo de duração até o momento em que a porta era arrombada dando lugar para um homem com malhas de armadura pelo corpo, em suas costas estaria algo que chamava a atenção de Trevor, uma espada, não uma simples... Mas sim uma montante, tal espada maior que as demais vistas em livros e filmes, a mesma não se assemelhava a uma espada da qual Trevor havia visto em museus, a tal era anormalmente grande, só a face da lâmina conseguia esconder as costas do homem que havia entrado no local. - O que aconteceu!? - O careca largou Trevor em pleno ar o deixando cair de costas ao chão. - Invasores... Vários de vários, o lugar inteiro está cercado. Precisamos de vocês lá fora. - Pois bem. - Concordou o homem careca enquanto se retirava para o lado de fora da casa. -E esse aí? Vai nos ajudar em alguma coisa? - Indagou o homem com a enorme espada nas costas.
- Bom... Acho que ele pode ser útil. - O senhor então caminhou até Trevor que estava caído no chão e então moveria seus dedos até as correntes escurecidas após se inclinar para o chão, em um piscar de olhos as correntes se fragmentavam em pleno ar, de tal forma que desapareceriam aos olhos dos mesmos. - O que!? - Se você... Quer continuar vivo, é melhor nos ajudar. Caso contrário, bom... - O velho se inclinaria mais ainda, seu olhar seria encoberto pelas sombras de seus cabelos, aquilo se tornaria algo completamente assustador, o tão bondoso senhor que Trevor tinha visto desaparecia ao surgir do tom de voz. - Eu mesmo irei arrancar tuas tripas e arremeçar para os Ghouls. -O senhor então se erguia novamente com seu olhar de homem gentil. - Ha ha ha, vamos lá garoto. Precisaremos de toda a ajuda possível, venha. Você deve saber usar até mesmo uma adaga. - Trevor se erguia ainda com o olhar perplexo com a situação que acabara de acontecer, ainda no ar feito uma brincadeira de pensar rápido, uma adaga cairia em sua direção, em pleno reflexo o tal a agarraria pelo cabo e partiria logo em seguida atrás do senhor de idade que havia o encarado de relance sobre os ombros para ver se o tal estava o acompanhando.
Ao sair da casa o mesmo se encontraria em uma região completamente fora do comum com o que Trevor estava acostumado. Não eram enormes edifícios com luzes... Postes... Carros e muito menos pessoas com suas devidas roupas sociais ou de diferente estilo. Eram pessoas com roupas usadas na idade média, túnicas.
Trevor então pensava se havia voltado no tempo, mas antes mesmo de poder concluir qualquer pensamente era surpreendido por uma mão que o agarrava certeiramente na argola de sua camiseta escura. Seu olhar anteriormente estava distraído pelas pessoas aos arredores que estavam com os olhares assustados. O mesmo então arregalaria os olhos ao tomar visão do ser que havia o agarrado com tamanha força. Era ela... A garota com quem Trevor não havia tido chance de responder. - Ahh, O que está acontecendo?
- Fique quieto, você tem uma adaga, use-a.
A garota então tomava sua frente o puxando junto da mesma, Trevor então antes mesmo de notar se via hipnotizado pela garota que tomava sua frente com passos acelerados, seus cabelos se moviam ao vento, pareciam serpentes guiando o garoto, ele se sentia fora de si enquanto ela o guiava até a entrada do local em que se encontrava. Um enorme portão, era isso que ele notara ao ter os olhos direcionados para os lados. - Um... Vilarejo!?. - A garota não o respondia até passar o portão, ao término dos passos o grupo que havia o encontrado anteriormente estaria em sua frente, todos em posições de batalha, aquilo até mesmo se parecia com um filme de ficção. - Me escuta, você vai nos ajudar. Se não daremos você para eles... Fique perto. - C-Certo. - Respondeu Trevor.
Segundos depois da afirmação Trevor se veria com as pernas bambas ao se deparar com uma forte cavalaria de seres usando grandes armaduras e espadas, não era possível... Um pequeno grupo segurar um exército!? Ao menos era essa a determinação de cada um dos seres ali presente, Trevor voltaria seu olhar para as costas da garota que tinha o guiado, o urro de batalha do oponente não conseguia retomar a atenção de Trevor que agora como anteriormente... Era a garota de cabelos escarlate. Momentos antes de espadas se cruzarem... Acontecia...! Ela... Olharia de relance para trás, seu olhar seguiu diretamente sem desvios para os olhos de Trevor Smith, àquele que a encarava como uma divindade em pessoa, seus olhares estavam focados uns no outro, e então... O barulho de espadas se cruzando com tamanha fúria... Tomava conta do local.
Isso não seria nada de mais, exceto pelo fato de haver um grupo de desconhecidos armadurados e uma besta jamais vista pelos olhos do garoto. Ao retomar a consciência ele veria a densa poeira se abaixando e retornando para seu devido lugar no solo, isso o ajudaria a tomar novamente visão dos seres, não era algo que ele esperava ver, mas era literalmente a única coisa que tinha tomado sua atenção, ele poderia morrer se tal abominação gigantesca ainda estivesse viva, ao menos era isso o que ele pensava. No entanto seu medo era substituído por algo diferente da criatura, ele se via sem saída ao se deparar com uma lâmina ensanguentada apontada diretamente para o meio de seus olhos. Era ela, àquela que havia o deixado completamente anestesiado apenas com o próprio olhar, era a garota de cabelos e olhos escarlates. A mesma estava séria, não havia uma única gota de felicidade aos seus olhos, pelo contrário... Ela demonstrava determinação, coragem e até mesmo um pouco de selvageria no fundo de seus olhos que novamente tomavam a atenção de Trevor sem que o mesmo tomasse conta. - Quem é você? O rapaz ergueria as sobrancelhas ao ouvir o tom de voz da garota, era uma voz séria que continha um pouco de suavidade escondida no fundo daquela postura rigorosa. - Érr.. E-Eu... Aonde est-... Trevor não consiguiria pronunciar o resto de suas palavras ao ter suas distrações substituídas pela dor que tomara conta de sua cabeça. Um único "fio" de sangue desceria por entre seus cabelos, tomando caminho pela testa e então terminando com um pingo caindo de seu queixo após passar pelo lado direito de seu nariz. A dor chegaria ao seu auge, o garoto não conseguiria fazer tal expressão de dor pois antes mesmo de se dar conta estaria a fechar os olhos enquanto novamente partiria para um outro desmaio...
Ao abrir os olhos o mesmo tomaria visão de um teto aparentemente de madeira, seu olhar se moveria para os arredores, novamente ele veria madeira que estava sendo usada como parede assim como o chão em que se encontrava deitado de costas. Seus braços se moveria ao lado juntamente de suas pernas, no mínimo era isso o que ele desejava. Ao tentar realizar tais ações o mesmo se via completamente preso por correntes que o deixaria imóvel. Seu olhar se arregalaria, novamente o mesmo voltaria a olhar aos arredores, mas desta vez ele não veria apenas uma casa comum feita de madeira, seres estariam ali. Um deles seria um senhor com a idade em torno de 60 - 70, seu cabelo era tão branco quanto qualquer outro cabelo já visto por Trevor, os fios bateriam em seus ombros. A barba que o mesmo continha possuia a mesma tonalidade que o cabelo, chegando a alcançar o próprio torax pelo tamanho da barba que provávelmente não era cortada à tempos. Isso deixaria Trevor mais aliviado pela presença de uma pessoa aparentemente de maior conhecimento e com experiências, exceto pelo fato de estar acompanhado de um homem careca que consigo carregava uma única ombreira de armadura, aquilo não chamaria tanta atenção quanto seu tamanho e músculatura presentes. - Aonde estou? Quem são vocês? O que vão fazer comigo!? - Indagou Trevor diante dos dois que estavam de pé enquanto se debatia em meio as correntes que se chocavam uma com as outras ao ponto de criar tal barulho semelhante a um prisioneiro condenado.
- Se acalme meu rapaz, não queremos lhe fazer ferir ou coisa do tipo.
-Por enquanto... Então coopere. - Surgiu então as vozes do seres que fitavam Trevor fixamente, o olhar do senhor era aparentemente de uma pessoa cansada e calma, já o olhar do homem careca era a de uma pessoa com certa raiva e dúvida diante a situação. -Por que eu estou preso? - Perguntou Trevor enquanto focava seu olhar para o homem de maior idade. - Ora, saltadores como você costumam desaparecer antes mesmo de de fazermos qualquer perguntas. Acho justo deixar você parado por uns instantes. - Disse o senhor de idade que logo era correspondido pelo garoto preso. - O que está dizendo? Me desamarre, por favor. Eu tenho um pouco de dinheiro. - Acha que pode nos comprar? - Surgiu logo o homem careca com sua voz intimidadora que tomava conta do local com seu tom. - Você é realmente um saltador.
- O que está dizendo? Não sou saltador coisa alguma, pare de me chamar assim. Vocês são assaltantes, não é? Podem pegar o quanto quiserem, sério.
- Já chega, você tem noção de suas condições? Fazer piadinha conosco só resultará no entardecer do seu libertamente. - Disse o senhor que logo era passado para trás com a volta do tom de voz grossa do homem careca dizendo... - Isso se você for libertado... Você estava nos espionando, diga-nos quem o contratou!
- Eu não sei do que você está falando! Tire essas correntes de mim, eu quero ir para casa. - O homem com maior físico se aproximou de Trevor, sem tanto esforço o ergueu com apenas uma mão sem demonstrar fraqueza pelo peso do rapaz que por sinal não era tão grande. Ao deixa-lo suspenso no ar o encarou fixamente nos olhos como se estivesse julgando sua alma. -E-Ei! O que você está fazendo? Me bote no chão, por favor! - O olhar do garoto era bem chamativo, o mesmo estava simplesmente pasmo pelo homem ter o erguido com apenas uma mão sem demonstrar esforço. - Então você notou, não é mesmo? -O senhor voltava a tomar voz enquanto olharia para Trevor que estava erguido com seus olhos focados no homem careca que o encarava sem demonstrar mais sua expressão de raiva mas sim completa dúvida. - É, eu não consigo entender... Como ele está fazendo isso?
- O que? O que eu estou fazendo? Por favor, me libertem. -Trevor ainda estava preocupado na situação em que se encontrava mas ainda assim aquilo se esvaia lentamente liberando lugar juntamente do homem careca para dúvidas em mente.
- Eu acredito saber o motivo disso estar acontecendo e talvez quem ele seja. - O suposto interrogatório não teria tanto tempo de duração até o momento em que a porta era arrombada dando lugar para um homem com malhas de armadura pelo corpo, em suas costas estaria algo que chamava a atenção de Trevor, uma espada, não uma simples... Mas sim uma montante, tal espada maior que as demais vistas em livros e filmes, a mesma não se assemelhava a uma espada da qual Trevor havia visto em museus, a tal era anormalmente grande, só a face da lâmina conseguia esconder as costas do homem que havia entrado no local. - O que aconteceu!? - O careca largou Trevor em pleno ar o deixando cair de costas ao chão. - Invasores... Vários de vários, o lugar inteiro está cercado. Precisamos de vocês lá fora. - Pois bem. - Concordou o homem careca enquanto se retirava para o lado de fora da casa. -E esse aí? Vai nos ajudar em alguma coisa? - Indagou o homem com a enorme espada nas costas.
- Bom... Acho que ele pode ser útil. - O senhor então caminhou até Trevor que estava caído no chão e então moveria seus dedos até as correntes escurecidas após se inclinar para o chão, em um piscar de olhos as correntes se fragmentavam em pleno ar, de tal forma que desapareceriam aos olhos dos mesmos. - O que!? - Se você... Quer continuar vivo, é melhor nos ajudar. Caso contrário, bom... - O velho se inclinaria mais ainda, seu olhar seria encoberto pelas sombras de seus cabelos, aquilo se tornaria algo completamente assustador, o tão bondoso senhor que Trevor tinha visto desaparecia ao surgir do tom de voz. - Eu mesmo irei arrancar tuas tripas e arremeçar para os Ghouls. -O senhor então se erguia novamente com seu olhar de homem gentil. - Ha ha ha, vamos lá garoto. Precisaremos de toda a ajuda possível, venha. Você deve saber usar até mesmo uma adaga. - Trevor se erguia ainda com o olhar perplexo com a situação que acabara de acontecer, ainda no ar feito uma brincadeira de pensar rápido, uma adaga cairia em sua direção, em pleno reflexo o tal a agarraria pelo cabo e partiria logo em seguida atrás do senhor de idade que havia o encarado de relance sobre os ombros para ver se o tal estava o acompanhando.
Ao sair da casa o mesmo se encontraria em uma região completamente fora do comum com o que Trevor estava acostumado. Não eram enormes edifícios com luzes... Postes... Carros e muito menos pessoas com suas devidas roupas sociais ou de diferente estilo. Eram pessoas com roupas usadas na idade média, túnicas.
Trevor então pensava se havia voltado no tempo, mas antes mesmo de poder concluir qualquer pensamente era surpreendido por uma mão que o agarrava certeiramente na argola de sua camiseta escura. Seu olhar anteriormente estava distraído pelas pessoas aos arredores que estavam com os olhares assustados. O mesmo então arregalaria os olhos ao tomar visão do ser que havia o agarrado com tamanha força. Era ela... A garota com quem Trevor não havia tido chance de responder. - Ahh, O que está acontecendo?
- Fique quieto, você tem uma adaga, use-a.
A garota então tomava sua frente o puxando junto da mesma, Trevor então antes mesmo de notar se via hipnotizado pela garota que tomava sua frente com passos acelerados, seus cabelos se moviam ao vento, pareciam serpentes guiando o garoto, ele se sentia fora de si enquanto ela o guiava até a entrada do local em que se encontrava. Um enorme portão, era isso que ele notara ao ter os olhos direcionados para os lados. - Um... Vilarejo!?. - A garota não o respondia até passar o portão, ao término dos passos o grupo que havia o encontrado anteriormente estaria em sua frente, todos em posições de batalha, aquilo até mesmo se parecia com um filme de ficção. - Me escuta, você vai nos ajudar. Se não daremos você para eles... Fique perto. - C-Certo. - Respondeu Trevor.
Segundos depois da afirmação Trevor se veria com as pernas bambas ao se deparar com uma forte cavalaria de seres usando grandes armaduras e espadas, não era possível... Um pequeno grupo segurar um exército!? Ao menos era essa a determinação de cada um dos seres ali presente, Trevor voltaria seu olhar para as costas da garota que tinha o guiado, o urro de batalha do oponente não conseguia retomar a atenção de Trevor que agora como anteriormente... Era a garota de cabelos escarlate. Momentos antes de espadas se cruzarem... Acontecia...! Ela... Olharia de relance para trás, seu olhar seguiu diretamente sem desvios para os olhos de Trevor Smith, àquele que a encarava como uma divindade em pessoa, seus olhares estavam focados uns no outro, e então... O barulho de espadas se cruzando com tamanha fúria... Tomava conta do local.